Bolsonaro passa mal e é levado às pressas para hospital

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A condição delicada de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o levou, mais uma vez, a buscar atendimento médico de emergência em Brasília nesta terça-feira (17). Bolsonaro já havia estado no hospital no domingo (14) para um procedimento de retirada de lesões na pele.

Segundo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-presidente teve um quadro de mal-estar com vômitos, soluço e pressão baixa. No domingo os médicos já alertavam para um quadro de anemia, por ausência de ferro no corpo e resquícios de uma pneumonia.

O médico Claudio Birolini confirmou o quadro de Bolsonaro em nota à Gazeta do Povo. Ele disse que solicitou que o ex-presidente fosse encaminhado ao Hospital DF Star para a realização de avaliação clínica, medidas terapêuticas e exames complementares. Quando tiver uma definição clara do quadro clínico, o médico atualizará as informações relativas à saúde de Bolsonaro.

Uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs prisão domiciliar a Jair Bolsonaro, prevê a possibilidade de deslocamento para hospitais em situações de emergência. No entanto, ele deverá apresentar comprovação médica da saída no prazo máximo de 24 horas.

Segundo Flávio, Bolsonaro voltou ao hospital acompanhado de policiais penais que vigiam sua casa, em Brasília, “por se tratar de uma emergência”.  “Peço a oração de todos para que não seja nada grave” .

A equipe médica de São Paulo que acompanha Bolsonaro após o episódio da facada teria sido acionada e avalia se vai se deslocar a Brasília para o atendimento.

O deputado Evair de Melo (PP-ES), que esteve no hospital no fim da tarde, disse à imprensa que Bolsonaro passará a noite internado. Até aquele momento, segundo ele, o ex-presidente ainda não havia sido submetido aos exames, mas que “estava sendo estabilizado”.

Melo comentou ainda que a equipe médica de Brasília deverá aguardar a equipe médica que está em trânsito de São Paulo a Brasília para decidir sobre a realização de novos procedimentos. Segundo ele, informações sobre o quadro de saúde do ex-presidente devem ser informadas pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e por Flávio Bolsonaro.

Quadro de saúde de Bolsonaro tem se agravado

No domingo (14), Jair Bolsonaro foi ao hospital DF Star para realizar uma série de exames e procedimentos médicos. Ele chegou ao local por volta das 8h, escoltado por viaturas da Polícia Penal do Distrito Federal, e retornou ao condomínio onde cumpre prisão domiciliar no início da tarde do mesmo dia.

De acordo com informações divulgadas pela equipe médica, Bolsonaro foi diagnosticado com anemia por deficiência de ferro, quadro que estaria relacionado a uma alimentação inadequada nas últimas semanas. Exames de imagem também apontaram sinais residuais de uma pneumonia recente. Além disso, o ex-presidente passou por diversos exames laboratoriais e teve oito lesões cutâneas retiradas cirurgicamente do tronco e do braço direito.

O médico Cláudio Birolini, responsável pelo acompanhamento cirúrgico, explicou que o ex-presidente, aos 70 anos, encontra-se em estado de saúde frágil devido ao histórico de múltiplas intervenções médicas.

Em abril, Bolsonaro passou por cirurgia delicada

Em abril, o ex-presidente passou por uma nova cirurgia em Brasília. O procedimento durou cerca de 12 horas. A operação foi realizada no mesmo hospital, no DF Star, onde Bolsonaro estava internado após ser transferido de uma unidade médica em Natal (RN). Ele estava em viagem ao Rio Grande do Norte quando passou mal.

A equipe médica decidiu realizar uma laparotomia exploradora, uma cirurgia indicada para investigar e tratar problemas internos na cavidade abdominal. O objetivo foi liberar aderências intestinais — tecidos cicatriciais que dificultam o funcionamento normal do intestino — e fazer a reconstrução da parede abdominal, comprometida por intervenções cirúrgicas anteriores.

A decisão de operar veio após Bolsonaro apresentar um quadro persistente de subobstrução intestinal, que não respondeu ao tratamento clínico inicial. O problema estaria relacionado às complicações resultantes das múltiplas cirurgias realizadas após o atentado que sofreu em 2018, mas o corpo clínico diz que Bolsonaro não pode ser submetido a nova cirurgia desse porte.

Aquela foi a sexta cirurgia de Bolsonaro relacionada às sequelas do ataque a faca que sofreu há sete anos.

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