EUA condenam violência na Síria e pedem que agressores sejam responsabilizados

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As forças de segurança do novo governo sírio foram acusadas por organizações de direitos humanos de assassinarem centenas de pessoas de minoria alauíta (grupo que apoia o ex-ditador Bashar al-Assad, deposto em dezembro). O senador americano Marco Rubio em imagem de 5 de maio de 2020
Andrew Harnik / Pool / AFP
Os Estados Unidos pediram às autoridades sírias neste domingo (9) que responsabilizem os “terroristas islâmicos radicais” que mataram pessoas na Síria e disseram que apoiam as minorias religiosas e étnicas do país.
“Os Estados Unidos condenam os terroristas islâmicos radicais, incluindo jihadistas estrangeiros, que assassinaram pessoas no oeste da Síria nos últimos dias”, disse o secretário de Estado Marco Rubio, em um comunicado.
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, também se manifestou e disse que os relatos de mortes generalizadas de civis nas regiões costeiras da Síria são “horríveis” e pediu às autoridades de Damasco que garantam que todos os sírios sejam protegidos da violência.
“As autoridades de Damasco devem garantir a proteção de todos os sírios e estabelecer um caminho claro para a justiça transicional”, disse Lammy em uma breve declaração nas mídias sociais.
As forças de segurança do novo governo sírio foram acusadas por organizações de direitos humanos de assassinarem centenas de pessoas de minoria alauíta (grupo que apoia o ex-ditador Bashar al-Assad, deposto em dezembro).
Segundo o governo sírio, o Exército fazia uma operação na região de Latakia, quando teria sido atacado por alauítas. Dezesseis militares morreram. O governo então afirmou que respondeu com o envio maciço de tropas.
Os alauítas negam essa versão do governo, dizendo que têm sido alvo de perseguição dos sunitas radicais que tomaram o poder em dezembro passado e que são vistos por esses radicais como “hereges”.
O presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa, disse na sexta-feira que pretendia perseguir os remanescentes do regime anterior que querem continuar a opressão e tirania. Ele afirmou também que “aqueles que cometeram crimes contra a população serão submetidos a julgamento”.
O Observatório de Direitos Humanos da Síria diz que mais de 1.000 pessoas já morreram desde quinta-feira (6), entre elas mais de 750 civis. Essa onda de violência é o pior episódio de conflito comunitário no país desde a queda do ditador, em dezembro.
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