Julgamento de Bolsonaro ao vivo no STF: Moraes interroga ex-presidente

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Augusto Heleno e seu advogado no STF

Crédito, Gustavo Moreno/STF

Ainda em seu depoimento, Heleno afirmou que não tinha conhecimento do plano “Punhal Verde Amarelo”, que envolvia o monitoramento, a prisão ilegal e até uma possível execução de Alexandre de Moraes, ministro do STF e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Lula, à época presidente eleito; e Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente eleito.

“Não, de jeito nenhum”, disse Heleno quando questionado por seu advogado.

Um documento encontrado pela PF nos arquivos de Mário Fernandes planejava também instituir um “gabinete institucional de gestão da crise” que entraria em operação em 16 de dezembro de 2022, dia seguinte à operação “Copa 2022”.

Este gabinete, segundo a PF, seria chefiado pelo general Augusto Heleno e teria o general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil que também é um dos réus neste processo, como coordenador-geral.

“Fui tomar conhecimento desse gabinete de transição quando já estava no jornal. Eu, em nenhum momento, fui informado dessa nova atribuição, de chefe do gabinete de transição; não sabia onde era o gabinete, não sabia do que se tratava e, quando li, imaginei que era difícil de fazer. Eu não sabia da existência dele”, disse Heleno.

O general afirmou que não participou de reunião nem foi abordado por nenhum militar a respeito. “Sinto que minha distância para alguns militares que estariam nesse suposto golpe era grande.”

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