Lucy: o estudo que revela como ‘Australopithecus afarensis’ corria

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Exposição do fóssil Lucy

Crédito, Dave Einsel/Getty Images

Legenda da foto, O Australopithecus afarensis foi um dos primeiros ancestrais humanos: espécie da qual fazia parte o famoso fóssil “Lucy” aparentemente não conseguia correr rápido ou por tempo suficiente para se engajar na prática de caça

  • Author, Tom O’Mahoney*
  • Role, The Conversation

Imagine a cena, há cerca de 3 milhões de anos, no que hoje é o leste da África. Ao lado de um rio, um antílope ferido cai e dá seu último suspiro. A carcaça é logo atacada por hienas, que lutam com um crocodilo. O crocodilo aparece e agarra parte do animal.

As hienas vencem e o crocodilo se retira da disputa levando apenas uma perna do antílope. Depois de se saciarem, as hienas se afastam. Alguns macacos de aparência engraçada se aproximam, andando eretos. Eles têm em suas mãos o que parecem ser pedras com bordas afiadas. Eles cortam apressadamente alguns pedaços de carne e começam a mastigá-los.

Suas brigas atraem a atenção de um Homotherium (um grande felino extinto, com dentes de formato de cimitarra, um tipo de espada), que se aproxima sorrateiramente e aparece de repente. Será que esses estranhos macacos sobreviverão ao encontro com o felino? Será que eles conseguem correr rápido e longe o suficiente?

Nossa equipe de pesquisa modelou a anatomia desses primeiros ancestrais humanos, Australopithecus afarensis, para descobrir o quão bem eles conseguiam correr. O Australopithecus afarensis é um dos mais conhecidos humanos ancestrais primitivos, que viveu entre 2,9 milhões a 3,9 milhões de anos atrás.

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